segunda-feira, 18 de abril de 2011

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA ESCOLA POPULAR DE TEATRO

EDITAL DE SELEÇÃO PARA ESCOLA POPULAR DE TEATRO – CITA – 2011/2012
 
A Trupe Artemanha de Investigação Urbana, núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro,
com Copatrocínio da 18ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de
São Paulo, torna público o Edital de Seleção de Aprendizes para a PRIMEIRA TURMA da
Escola Popular de Teatro – CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha), no
período de inscrições de 18 de abril a 10 de maio de 2011.
 
1. DO OBJETO
Constitui objeto do presente edital, a seleção de 16 aprendizes para formação da
Primeira Turma da Escola Popular de Teatro – CITA Edição 2011/2012. Cada aprendiz
tomará contato com treinamentos que irão compor o Projeto de Formação do Atorpesquisador
em Teatro Popular, durante 15 meses de aulas que se iniciarão no dia 07
de junho de 2011, no seguinte local: Espaço Artemanha de Teatro – Rua Haroldo de
Azevedo nº 20, Bairro Campo Limpo, São Paulo – SP.
 
2. DOS OBJETIVOS DO PROJETO
A Trupe Artemanha acredita que esse seja um dos principais projetos em seus 15 anos,
capaz de sustentar e aliar o pensamento reflexivo, o potencial artístico e a
continuidade de suas ações na região em que o grupo desenvolve seu trabalho.
Criando assim, um bloco que envolva outros segmentos culturais, que estimule o
surgimento de novos grupos teatrais e que contribua para a difusão do teatro popular
entre os moradores dos bairros da cidade de São Paulo.
O CITA disponibilizará 16 vagas para pessoas iniciantes ou não, que já tomaram
contato de alguma forma com o teatro, dança, música, artes plásticas, circo e
literatura, com idade a partir dos 18 anos, sem restrições ao local de residência,
possibilitando receber interessados de todas as regiões da cidade de São Paulo,
inclusive de outros municípios.
Os 16 aprendizes serão selecionados por uma banca formada pelos professores da
Escola-CITA e o núcleo artístico da Trupe Artemanha, que construirão os critérios
necessários para composição da primeira turma do projeto de formação.
O estudante também poderá se inscrever no Núcleo de Interpretação e Encenação e
no Núcleo de Pesquisa Hip Hop, núcleos que farão parte do processo de pesquisa
proposto pelo Projeto da Trupe Artemanha.
Com esse objetivo que naturalmente se liga ao conjunto de ações da Trupe, que é a
criação do Núcleo de Pesquisa em Teatro Popular tendo como ponto norteador as suas
pesquisas para o Teatro de Rua, é possível construir uma rede que reúna um processo
de formação, a continuidade do processo de pesquisa teatral e a instrumentalização
do ator-pesquisador (agente cultural político).
 
3. DAS INSCRIÇÕES
Os interessados em participar do processo de seleção da Escola – CITA, deverão enviar
para os dois emails: producaoartemanha@yahoo.com.br // producaoartemanha@gmail.com, até a meia-noite do dia 10 de
maio de 2011, os seguintes dados:
A) Nome Completo;
B) Data de Nascimento e Idade;
C) Número do RG e CPF;
D) Endereço Completo;
E) Contatos: Telefones, Celulares e Email;
F) Descrição sobre atividades artísticas que desenvolve ou já desenvolveu;
G) Carta de Interesse.
Os dados do candidato deverão estar compactados em um único arquivo em extensão
Word (.doc) ou PDF.
A falta de qualquer uma das informações dos itens A. ao G. e/ou envio após a data
limite do período de inscrições, acarretará na desclassificação automática do
candidato.
 
4. DO CRONOGRAMA DE SELEÇÃO:
A seleção acontecerá em três etapas:
- Inscrições: O envio de todos os dados no período de 18 de abril a 10 de maio;
- Vivência: Aula prática no dia 12 de maio, das 9h00 às 13h00, com os professores da
Escola-CITA;
- Entrevistas: Entrevista no dia 14 de maio, das 10h00 as 13h00, com o Núcleo Artístico
da Trupe Artemanha.
Resultado: Os nomes dos selecionados serão publicados no dia 18 de maio nos
seguintes endereços eletrônicos:
www.trupeartemanha.com.br
www.escolacita.blogspot.com
Recepção: Celebração para recepcionar os selecionados no dia 28 de maio, a partir das
18h00.
 
5. DAS AULAS (CRONOGRAMA E CARGA HORÁRIA)
As aulas da Escola-CITA acontecerão de terças-feiras às sextas-feiras, dás 9h00 às
13h00.
Núcleo de Formação do Ator-pesquisador em Teatro Popular (15 meses de aula)
Terças:
1º Semestre - Danças Dramáticas Brasileiras - 9h00 às 13h00 (6 meses)
2º Semestre - Treinamento Voz e Canto - 9h00 às 11h00 / Treinamento Circense -
11h00 às 13h00 (6 meses)
Quartas:
Musicalização 1: Sopros Metais / Percussão - 9h00 às 11h00 (12 meses)
Musicalização 2: Acordeon / Instrumentos de cordas - 11h00 às 13h00 (12 meses)
Quintas:
Teoria/Estética Teatral (direcionado para o Núcleo de Pesquisa em Teatro Popular da
Trupe Artemanha) - (12 meses)
Sextas:
Interpretação (Máscara Neutra e Expressiva / Bufão) – 9h00 às 13h00 (12 meses)
Montagem de Exercícios nos últimos três meses das aulas – Terças as Sextas – 9h00
às 13h00.
 
6. DO APRENDIZ
É de responsabilidade do aprendiz:
A) A apresentação da documentação solicitada após a seleção, para regulamentação
da matrícula.
- 1 Fotocópia (Xerox) dos seguintes documentos: R.G, CPF e Comprovante de
Residência;
- 1 Foto 3x4.
B) A regularidade (freqüência/pontualidade) durante todo calendário letivo.
Os casos de faltas/ausências serão discutidos entre a equipe docente e o núcleo
artístico da Trupe Artemanha, que poderão deliberar sobre a saída de aprendizes e
sobre a abertura de vagas para a lista de suplência da seleção.
 
7. DO CITA
É de responsabilidade da escola:
A) Fornecer estrutura física (salas, espaço) para realização das aulas.
B) Disponibilizar instrumentos musicais para as aulas de musicalização e demais
estrutura.
C) Fornecer certificado aos aprendizes, ao final dos quinze meses.
 

8. DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
A) Não caberá recurso sobre o resultado da seleção.
B) Os casos omissos relativos ao presente edital serão resolvidos pelo o Núcleo
Artístico Responsável da Trupe Artemanha.
 
Coordenação
Escola Popular de Teatro – CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Interpretação: Da Máscara ao Bufão

  Por Camila Bolaffi – Cuca
  
O trabalho se inicia com a máscara neutra e com o silêncio. O ator se depara consigo próprio e com jogo o teatral da forma mais simples e direta.
A partir da eliminação do rosto, da expressão facial e da palavra serão pesquisadas ações e a clareza das intenções. Buscando essencialmente a presença do ator e a boa ocupação do espaço que o cerca.
Para isso será realizado um intenso trabalho de treinamento físico dividido em três partes:
Reeducação do Movimento: Onde desenvolveremos a consciência de cada parte do corpo ossos, músculos e pele para em seguida compreender e reestruturar o gesto e a postura ampliando o material expressivo de cada ator.

Análise do Movimento: a partir da imitação, da repetição e do estudo dos movimentos humanos, dos elementos da natureza, dos animais, dos materiais etc. serão ampliados o repertorio físico, a precisão, clareza, ação, a percepção e a boa utilização do espaço.

A Mascara Neutra:
Através de exercícios simples de improvisação cada ator terá de se deparar com seus limites e dificuldades buscando precisão e clareza nas suas ações. No jogo de se experimentar ele oferecerá para seus companheiros um arsenal de acertos e erros para serem copiados e experimentados. No movimento de fazer e assistir serão aproximados às sensações  da realidade, exercitando a precisão da intenção, a decupagem do gesto e a clareza das idéias.

A máscara neutra representa um ser genérico, universal, sem memória ou história. O ator lida com a essência do ser, com o homem dos homens a mulher das mulheres.
Se coloca numa situação de descoberta, de disponibilidade. Ela permite o olhar, o escutar, o tocar as coisas elementares de modo fresco, como da primeira vez.
Com a máscara neutra o rosto do ator some e olharemos seu corpo se espessando. O olhar é a máscara e o rosto é o corpo. Todo o movimento se revela de maneira forte e presente.

 O trabalho sobre a natureza humana, nesta situação silenciosa permite encontrar os momentos onde a palavra ainda não surgiu.  Eles se calam para que compreendam  o que está por atrás (embaixo) da palavra. O trabalho antes da palavra permite que esta surja do silêncio.

Portanto a seqüência do nosso trabalho será a máscara expressiva, a princípio ainda a máscara inteira e, portanto o silêncio. Para em seguida darmos vazão a palavra de forma mais consciente e precisa. Ainda sobre os pilares da reeducação do movimento e da análise do movimento será dado inicio ao estudo do jogo e da improvisação passando pelos personagens da Comedia Dell´arte finalizando o possesso com o bufão.


Danças Tradicionais Brasileiras

Alício Amaral e Juliana Pardo
(Cia. Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança)

Desenvolver durante seis meses por meio das oficinas o estudo prático e teórico de algumas Danças Dramáticas Brasileiras como o Cavalo Marinho da Zona da Mata Norte de Pernambuco, o Batuque Paulista-SP, o Samba de Parelha de Mussuca-SE e o Frevo-PE., tendo seus princípios como base para o treinamento do ator-bailarino.
Tanto em nível individual quanto coletivo, visamos: a ética nas relações de trabalho e criação; dinâmica de grupo; trabalho colaborativo; trabalho com diferentes níveis de atenção simultaneamente; criação de diferentes qualidades de energia e administração do fluxo das mesmas no tempo, no corpo e no espaço; impulsos como geradores de ações físicas; presença cênica; disponibilidade física; ritmo; precisão; foco; objetivo; condicionamento físico; musicalização; condicionamento físico; variações de dinâmicas no tempo e no espaço; conhecimento da poesia popular dos folguedos; danças e evoluções coreográficas; e consciência corporal.
             No nosso trabalho buscamos sensibilizar e desenvolver as potencialidades dos alunos através da cultura popular brasileira interligada à técnicas e jogos de teatro e dança já codificados, apontando para uma fusão entre a tradição e a inovação, o teatro e a dança popular brasileira, a poesia e a música.

O curso é programado da seguinte forma:

No primeiro trimestre o aluno vivenciará uma série de exercícios elaborados para sua preparação física e energética, e conscientização corporal. Jogos teatrais pré-expressivos, e principalmente o estudo prático e teórico de algumas Danças Tradicionais Brasileiras, além de sensibilização musical e instrumentalização do corpo através do vocabulário de passos e diferentes qualidades de energia destas danças. Chamamos de “preparação técnica”, o “antes”, o que o ator-aprendiz não revela em cena, a elaboração de ferramentas para o repertório de trabalho individual e grupal, ainda antecedendo o trabalho de criação artística.

No segundo trimestre continuamos com a preparação técnica dos alunos e manutenção dos elementos visitados no primeiro trimestre, iniciando uma nova fase de trabalho com o universo das Máscaras Populares Brasileiras. Chamamos de “Construção de Figura Pessoal”. Consiste em apropriar-se de todo material vivenciado até então para um mergulho nas corporeidades das máscaras e figuras tradicionais brasileiras, como por exemplo, as existentes na brincadeira tradicional do Cavalo Marinho de Pernambucano. Após este processo iniciaremos a construção de figuras pessoais (novos personagens), utilizando-se, como ponto de partida, da estrutura de algumas figuras já existentes no Cavalo Marinho. Mais tarde, trabalhamos a relação entre estas figuras e a construção de pequenas cenas para estudo.

Como trabalhamos:

1-Conscientização Corporal - Através da Técnica Klauss Vianna e Técnicas de Dança Clássica e Contemporânea, buscamos ampliar o auto-conhecimento corporal de cada aluno.

2-Treinamento Físico – Exercícios e Jogos criados e sistematizados por nós (Cia. Mundu Rodá) ao longo de anos de pesquisa e experiência no meio teatral e de dança interligados aos princípios das Danças Tradicionais Brasileiras. Treinamentos já codificados ou adaptados de grupos teatrais, como nosso parceiro de pesquisa o LUME (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP), ou de mestres como Eugênio Barba, Gennadi Bogdanov e Jerzy Grotowski. Exercícios extraídos de técnicas do teatro-dança oriental (Butoh). Tanto em nível individual quanto coletivo, trabalhamos nestes exercícios a ética nas relações de trabalho e criação; dinâmica de grupo; trabalho colaborativo; trabalho com diferentes níveis de atenção simultaneamente; criação de diferentes qualidades de energia e administração do fluxo das mesmas no tempo, no corpo e no espaço; a voz em ação; impulsos como geradores de ações físicas; presença cênica; disponibilidade física; ritmo; precisão; foco; objetivo; condicionamento físico; entre outras.

3-Danças Tradicionais Brasileiras – Através de textos informativos, vídeos, fotos, depoimentos áudiovisuais de mestres e brincantes da cultura popular, e materiais recolhidos em pesquisa de campo, apresentamos aos alunos as origens das danças, o contexto sócio econômico e geográfico da região onde estão inseridas, os figurinos, a indumentária e os instrumentos tradicionais. 
Investigação minuciosa da mecânica da dança, do pulso e do ritmo, evoluções coreográficas e de suas diferentes qualidades de energia. Trabalhamos neste curso com o estudo do Cavalo Marinho da Zona da Mata Norte de Pernambuco, o Batuque Paulista-SP, o Samba de Parelha de Mussuca-SE e o Frevo-PE. Além de uma série de jogos teatrais elaborados por nós a partir destas danças. A principal dança trabalhada é o Cavalo Marinho pela complexidade da sua representação, pela sua riqueza estrutural e pelo conteúdo dramático representado pelas Figuras (personagens).

4-Musicalização – Treinamento vocal e passeio pelos ritmos, estudo dos cantos, poesias e instrumentos musicais típicos das Danças Tradicionais vistas no curso.

Sobre os Ministrantes

Juliana Pardo (Cia. Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança) é atriz - pesquisadora, bailarina e a mais de 10 anos trabalha como arte-educadora. Formação em dança (1995) com Rainer Vianna, Marinês Calori e Regina Bellini, na Escola Klauss Vianna, em São Paulo. Artes Cênicas na ELT (Esc. Livre de Teatro/ coorden. Maria Thaís), onde ESTUDOU com Jen Pierre Kalestrianos, Antônio Araújo, entre outros. Mascára Neutra e Máscaras da Commédia Dell’Arte com Tiche Vianna e Maria Thaís. Estudo do trabalho de ator com Ricardo Pucceti, Carlos Simione, Raquel Scotti, Jesser de Souza e Renato Ferraccini, atores pesquisadores do LUME (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP – Campinas), Norberto Presta (Grupo Via. Rossi de Teatro Contemporâneo, Itália), entre outros. Biomecânica Teatral com Gennadi Bogdanov, Teatro Físico com Eugênio Barba e atores do grupo Odin Teatret, e com Viliam Docolomansky (Farm in the Cave – CZE). Formada no processo didático e criativo da Técnica Klauss Vianna, por Jussara Miller em Barão Geraldo (Campinas). Estudo de Técnicas de Dança Clássica e Contemporânea com Beth Bastos, Angel Vianna, Adriana Grechi, Tica Lemos, entre outros.  Técnica de Butoh com Tadashi Endo (Diretor do Butoh center Mamu e do Butoh Festival Mamu em Gottingen, Alemanha). Clown com a mestra canadense Sue Morrisom, Luis Carlos Vasconcelos e Cristiane Paoli Quito. Começou como arte -educadora no Curso de Teatro do Colégio Singular em Santo André (1997), desde então trabalhou em diferentes escolas. Ministra cursos no Teatro Escola Brincante desde 2005.
 Alício Amaral (Cia. Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança) é ator-pesquisador, bailarino, músico e arte-educador. Formação musical (1996/1999) na Universidade Livre de Música (ULM-SP), onde estudou viola erudita com Henrrique Müller e integrou a Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo (OSJESP) sob regência do Maestro João Maurício Galindo. Arte educador no Teatro Escola Brincante desde 2005. Estudo do trabalho do ator com Carlos Simione, Raquel Scotti, Ricardo Pucceti, Jesser de Souza e Naomi Silman, atores pesquisadores do LUME (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP – Campinas), Norberto Presta e Sabine Uitz (Grupo Via. Rossi de Teatro Contemporâneo, Itália), entre outros.  Biomecânica Teatral com Gennadi Bogdanov, Teatro Físico com Eugênio Barba e atores do grupo Odin Teatret, e com Viliam Docolomansky (Farm in the Cave – CZE). Estudo de Técnicas de Dança Clássica e Contemporânea com Beth Bastos, Neide Neves, Técnica de Teatro de Animação com o Grupo Sobrevento.  Butoh com Tadashi Endo (Diretor do Butoh center Mamu e do Butoh Festival Mamu em Gottingen, Alemanha). Clown com a mestra canadense Sue Morrisom e Luis Carlos Vasconcelos.
      

AULAS E MESTRES:

A seguir, cronograma de aulas do Projeto CITA:

Período: Terças as sextas-feiras, com 4 horas de aula diárias em um período de 15 meses:
- Danças Dramáticas Brasileiras (6 meses) – 16 horas mensais
COM ALICIO PARDO E JULIANA AMARAL
- Musicalização: Acordeon (12 meses) – 8 horas mensais
COM ALINE REIS
- Musicalização: Percussão (12 meses) – 8 horas mensais
COM ALEXANDRE MATTOS
- Musicalização: Instrumentos de Cordas  (12 meses) – 8 horas mensais
COM CLAUDINHO
- Musicalização: Instrumentos de Sopro Metais (12 meses) – 8 horas mensais
COM JOEL ALBUQUERQUE
- Teoria e Estética Teatral (12 meses) – 12 horas mensais
COM ROGÉRIO TOSCANO
- Interpretação: Bufão, Máscara Neutra e Máscara Expressiva (12 meses) – 16 horas mensais
COM CUCA BOLAFFI
- Treinamento de Voz/Canto (6 meses) – 8 horas mensais
COM FÁBIO PINHEIRO
- Treinamento Circense (6 meses) – 8 horas mensais
COM GILBERTO CAETANO
- Núcleo de Interpretação e Encenação – Clown (12 meses) – 12 horas mensais
COM LÉO SYKES
- Núcleo Hip Hop: Poeta MC, Dança de Rua, DJ/Beat Box – (3 meses) – 12 horas mensais para cada elemento do movimento Hip Hop
- Montagem de Exercícios Cênicos (3 meses) – 32 horas mensais

domingo, 10 de abril de 2011

CONJUNÇÃO DE IDÉIAS E AÇÕES:

CITA – Centro de Investigação Teatral Artemanha:

Criar um projeto como o CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha), fortalece o processo de pesquisa teatral do grupo, pela constante experiência de troca de vivências com os orientadores que darão as aulas, entre os atores-pesquisadores do próprio grupo e os aprendizes que participarão do CITA.   

A Trupe Artemanha já realiza oficinas livres que impulsionam o ciclo de pessoas que passam pelo grupo e compartilham do seu fazer artístico, provocando reflexões que contribuem de alguma forma para a construção dos trabalhos. O grupo tem buscado ampliar essa experiência pedagógica, inclusive visitando e buscando aspectos similares em importantes escolas de formação teatral como a Escola Livre de Teatro de Santo André, referência na formação teatral internacionalmente reconhecida pelo seu método inovador e pioneiro de trabalho, embasado na pedagogia da autonomia, na gestão coletiva e no processo de criação colaborativo, questões estas que influenciaram diretamente no modo de trabalho dos grupos de teatro paulista, conhecido como Teatro de Grupo. No intercâmbio da Trupe Artemanha com Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), foi possível conhecer a  Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, que assim como a ELT não está interessada em formar apenas atores e sim, utilizar o teatro como instrumento de discussão social.

Com esse objetivo que naturalmente liga ao conjunto de ações da Trupe, que é a criação do Núcleo de Pesquisa em Teatro Popular tendo como ponto norteador a pesquisa de Fausto para o Teatro de Rua, é possível construir uma rede que reúna o processo de formação e continuidade à instrumentalização do ator-pesquisador (agente cultural político), podendo se tornar futuramente um Centro de Referência de Criação e Pesquisa Teatral.

A Trupe Artemanha acredita que esse seja um dos principais projetos em seus 15 anos, capaz de sustentar e aliar o pensamento reflexivo, o potencial artístico e a continuidade de suas ações na região que o grupo desenvolve seu trabalho. Criando assim, um bloco que envolva outros segmentos culturais, que estimule o surgimento de novos grupos teatrais e contribua para a difusão do teatro-político de resistência entre os moradores dos bairros do Campo Limpo, Capão Redondo, Vila Andrade, Paraisópolis e de outros regiões da cidade de São Paulo.

O CITA disponibilizará 16 vagas para pessoas que já tomaram contato de alguma forma com o teatro, dança, música, artes plásticas, entre outros segmentos artísticos, com idade a partir dos 18 anos, sem restrições ao local de residência, possibilitando receber interessados de todas as regiões da cidade de São Paulo, inclusive de outros municípios.

Os 16 aprendizes serão selecionados por uma banca formada pelos professores e o núcleo artístico da Trupe Artemanha que construirão os critérios necessários para composição da primeira turma do projeto de formação. O estudante também poderá se inscrever no Núcleo de Interpretação e Encenação ministrada pela diretora Leo Sykes e no Núcleo Hip Hop, núcleos que farão parte do processo de pesquisa proposto por este projeto.