sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vi Makunaíma na Rua!


Estréia do Novo Espetáculo de Rua da Trupe Artemanha:
"Vi Makunaíma na Rua!"
03 de dezembro de 2011 - 17h00
Praça João Tadeu Priolli (Praça do Campo Limpo)

10 de dezembro de 2011 - 15h00
Praça da República - Centro - SP

Informações: (11) 5844-4116 / (11) 8326-6233 (TIM)
(11) 9862-4821 (OI) / (11) 6486-4320 (VIVO)


terça-feira, 25 de outubro de 2011

6º FESTCAL - Festival Nacional de Teatro de Campo Limpo - 2011




PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO 6º FESTCAL
HOMENAGEM À CESAR VIEIRA E OS 45 ANOS DO GRUPO TUOV

O FESTCAL – Festival Nacional de Teatro de Campo Limpo, mostra realizada desde 2006 pela Trupe Artemanha de investigação urbana, está em sua 6ª Edição e já recebeu cerca de 30 mil espectadores.  Foram mais de 90 apresentações teatrais de grupos de todo o estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Os espectadores transitaram pelos espetáculos e por inúmeras atividades com propostas formativas.

Com a mobilização da classe artística, o FESTCAL proporciona o acesso livre da população a espetáculos de concepções variadas e de qualidade que são apresentados além das salas de espetáculos, em ruas e praças do bairro, com programação para todas as idades.

Alguns Grupos que já se apresentaram nas edições do Festcal:
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), Lume Teatro (SP), Circo Teatro Udigrudi (DF), Cia. do Latão (SP), Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes (SP), Barracão Teatro (SP), Teatro Andante (MG), Cia de Teatro Nu Escuro (GO), Voar Teatro de Bonecos (DF), Cia Entreato (RJ), Traço Cia. de Teatro (SC), Território Sirius Teatro (BA), Troupp Pas D' Argent (RJ), Rosa dos Ventos (SP), Trupe Olho da Rua (SP), Pombas Urbanas (SP), entre outros.

HOMENAGEM
O VI Festcal presta homenagem ao saudoso Idibal Almeida Pivetta mais conhecido como César Vieira e os 45 Anos do TUOV - Teatro Popular União e Olho Vivo/SP.

Em 1966, surgiu no Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, o Teatro Popular União e Olho Vivo, tendo como objetivo a troca permanente de experiências culturais dedicando-se à arte popular e à produção de espetáculos para circuito de periferia, agregando inúmeros participantes originários das classes populares. Nesse período já apresentaram mais de 5 mil espetáculos teatrais gratuitos para um publico de locais na periferia de São Paulo e em municípios próximos.

Suas apresentações são em locais como salões paroquiais, quadras de escola de samba, praças e ruas, casas culturais, teatros e outros espaços alternativos.

Reconhecido nacionalmente e no exterior com participações em festivais e vários prêmios ganhos. Tem criação própria de texto e produção coletiva visando como estrutura para as montagens elementos do folclore brasileiro como o circo, o bumba, cirandas, marujadas, folia de reis, a capoeira, literatura de cordel e o futebol.

O TUOV teve participação na luta pela anistia e colaboração com entidades de Direitos Humanos, sempre visando um país melhor. Tem como seus fundadores César Vieira (Idibal Pivetta) e Neriney Moreira, defensores da arte popular brasileira.

PROGRAMAÇÃO - Gratuita
Dia. 12 /11 - (sábado) - Abertura Do Processo De Montagem
GRUPO: Trupe Artemanha  
ESPETÁCULO: Vi Makunaíma na Rua! - HORÁRIO -11h
CLASSIFICAÇÃO Livre
Praça do Campo Limpo

Dia. 12 /11 – (Sábado)
GRUPO: Barracão Teatro   
ESPETÁCULO: O Circo do Só Eu - HORÁRIO - 16h
CLASSIFICAÇÃO Livre
Praça do Campo Limpo

Dia. 13/11 - (Domingo)
GRUPO: Trupe Olho da Rua (SANTOS) 
ESPETÁCULO: Arrumadinho - HORÁRIO - 16h
CLASSIFICAÇÃO Livre
Praça do Campo Limpo

Dia. 14/11 - (Segunda)
GRUPO: César Vieira, TUOV e Alexandre Mate - Sarau do Binho     
ESPETÁCULO: Mesa e Exposição - HORÁRIO - 20h
CLASSIFICAÇÃO Livre
Sarau do Binho

Dia. 15/11 - (Terça)
GRUPO: XIX     
ESPETÁCULO: Hygiene - HORÁRIO - 11h
CLASSIFICAÇÃO Livre
Praça do Campo Limpo
ESPETÁCULO: Hysteria - HORÁRIO – 15h
CLASSIFICAÇÃO 14 Anos - 70 lugares
Espaço Cultural CITA (retirar ingresso 1h antes do espetáculo)

Dia. 15/11 - (Terça)
GRUPO: Athos (Batatais)    
ESPETÁCULO: O Auto da Barca do Inferno - HORÁRIO - 17h
CLASSIFICAÇÃO Livre
Praça do Campo Limpo

Dia. 16/11 – (Quarta)
GRUPO: Cia. Soltando o Verbo    
ESPETÁCULO: Soltando o Verbo - HORÁRIO - 20h
CLASSIFICAÇÃO Livre - 100 lugares
Espaço Cultural CITA (retirar ingresso 1h antes do espetáculo)

Dia. 17/11 – (Quinta)
GRUPO: Contadores de Mentira  
ESPETÀCULO: Curra-temperos sobre medeia - HORÁRIO - 20h
CLASSIFICAÇÃO 14 anos - 70 lugares
Espaço Cultural CITA (retirar ingresso 1h antes do espetáculo)

Dia. 18/11 – (Sexta)
GRUPO: Cia. Estável  
ESPETÁCULO: A Exceção e a Regra - HORÁRIO - 15h
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
Praça do Campo Limpo

Dia. 18/11 - (Sexta)
BANDA: Preto Soul    
SHOW MUSICAL - HORÁRIO - 20h - CLASSIFICAÇÃO Livre
Praça do Campo Limpo

Dia. 19/11 – (Sábado)
* GRUPO: GTI - Grupo Teatro do Imprevisto
ESPETÁCULO: Zé Malandro - HORÁRIO - 16h
CLASSIFICAÇÃO Livre - Praça do Campo Limpo
*Este espetáculo está sendo oferecido pela 6º Mostra Lino Rojas organizado pelo MTR/SP – Movimento de Teatro de Rua de São Paulo.


Informações: (11) 5844-4116 / (11) 9862-4821 / (11) 8326-6233
producaoartemanha@gmail.com

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Moção de Apoio a Permanência do Espaço-CITA


MOÇÃO DE APOIO

Permanência da Trupe Artemanha por 60 meses
no Espaço Cultural CITA
Rua Aroldo de Azevedo, 20 – Campo Limpo – S. Paulo-SP

Nós, do [Nome do Coletivo Cultural e/ou Social; Movimento; Individual], localizado no [bairro, cidade e estado], apoiamos a permanência da Trupe Artemanha por 60 Meses no espaço recém ocupado para abrigar a Escola Popular de Teatro - CITA e as ações culturais do grupo no bairro de Campo Limpo.
Entendemos que essa reivindicação é legítima e de interesse da população da cidade de São Paulo, pois o Coletivo Teatral Trupe Artemanha vem dando vida a um prédio abandonado há mais de 16 meses pelo poder público, hoje transformado em um espaço de interlocução com a comunidade e de ampla efervescência cultural. Por se tratar de um grupo parceiro de lutas nos solidarizamos e damos nosso total apoio.

Local,  dia, mês, 2011


[Nome do Coletivo]

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

AOS PARCEIROS QUE APOIARAM A VIRADA CULTURAL DA RESISTÊNCIA

Foi a primeira luta que travamos para continuar em um Espaço Público, público no sentido cultural e político... Público porque é da população antes de tudo.

A Trupe Artemanha de investigação urbana, grupo que atua na região há 15 Anos, agradece a todos os apoiadores, coletivos culturais, instituições educacionais e culturais, pessoas, trabalhadores da cultura que fizeram história e resistiram com uma das ações mais contundentes para manter a permanência deste Espaço Cultural situado na Rua Aroldo de Azevedo, 20 - Na linda Praça do Campo Limpo.

Em breve lançaremos um extenso relato, ilustrado com fotos sobre esse fato político e pediremos aos companheiros de luta, que assinem  esta Moção de Apoio (modelo que construiremos) que será divulgado via email ou no blog www.escolacita.blogspot.com - Também pedimos que as folhas dos abaixos-assinados sejam entregues na sede da Cooperativa Paulista de Teatro ou no Espaço CITA. 

Às pessoas, Grupos, Coletivos Culturais e Sociais que participaram com apresentações, relatos, falas, intervenções da Virada Cultural da Resistência. São tantos, que não gostaríamos de cometer o deslize de deixar de mencioná-los.

Organização:
Trupe Artemanha de investigação urbana


Moção de Apoio da Cia. Estável


MOÇÃO DE APOIO
Nós, da Cia. Estável de Teatro apoiamos a permanência da Trupe Artemanha no espaço recém ocupado para abrigar a Escola Popular de Teatro - CITA e as ações culturais do grupo no bairro de Campo Limpo.
Entendemos que essa reivindicação é legítima e de interesse da população da cidade de São Paulo, pois conseguiram dar vida a um prédio abandonado que foi transformado em um espaço de interlocução com a comunidade e de ampla efervescência cultural. Por se tratar de um grupo parceiro de lutas nos solidarizamos e damos nosso total apoio.
Avante a cada dia e todo dia...
diferente daqueles que querem ser por um dia...
E como dizia nosso grande mestre Bertolt Brecht
Há aqueles que lutam um dia;
e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias;
e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos;
e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida;
esses são os imprescindíveis
Todo apoio a Trupe Artemanha e a soberania do seu projeto artístico cultural no bairro Campo Limpo.
Saudações Estáveis.
21 de agosto de 2011
Cia. Estável de Teatro

terça-feira, 16 de agosto de 2011

VIRADA CULTURAL DA RESISTÊNCIA



PROGRAMAÇÃO
VIRADA CULTURAL DA RESISTÊNCIA
20 e 21 de agosto de 2011

SÁBADO (20 de Agosto):

9h00 - Concentração para o cortejo
11h00 - Cia Cantiga Criança: Baú de Histórias 
13h00  - Músicas do “Brasil, quem foi que te pariu!?”
14H00  Sanfonada Aprendizes da Escola CITA
15h00 - Cia. Mundo Rodá
16H00 - SOM D'ZION (Acústico)
16h00  - Prática de Yoga aberta  Sânio Gomes
17H00 - Cia Cantiga Criança
18h00 -  Núcleo do 184
19h00 - Assembléia
20h00  Grupo Chorinho “Sapato Branco”
21h00 - Sarau da Vila Fundão
- Banda Preto Soul 
- Dêssa Souza & Sandro Lima
- Núcleo do 184 (Teatro)
- Cia. Sansacroma (Dança)
23h00 - Intervenção Artístico e Relato sobre Ocupação do Dolores Boca Aberta na Zona Leste

DOMINGO (21de Agosto):

0h00 - Encontrão Noturno
9h00 - Roda de Debates
10h00 - Cia Cantiga Criança: Baú de Histórias 
11h00  - Coletivo de Dois (Dança)
12H00 - Grupo Vital
14h00 - Grupo Candearte
16h00  - Engenho Teatral
18h00 -  Morpheus Teatro - Teatro de Bonecos para Adultos “Princípio do Espanto”
19h00 - Relato do Grupo Pombas Urbanas
20h00 – Assembléia de Encerramento


Obs.: A Programação estará aberta para mais grupos e artistas participarem.

Locais:
- Espaço CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha)  Rua Aroldo de Azevedo, 20 - Bairro Campo Limpo - São Paulo

- Praça do Campo Limpo (Largo do Campo Limpo)

Programação:
www.escolacita.blogspot.com
Informações: (11) 5844-4116 / (11) 9862-4821




VIRADA CULTURAL DA RESISTÊNCIA

Coletivos da Periferia de São Paulo unem-se para promover evento de 36 horas de atividades culturais gratuitas para a comunidade.
Nos dias 20 e 21 de Agosto de 2011 , iniciando às 9:00 de sábado e encerrando ás 21:00 do domingo. A população da região Sul de São Paulo poderá assistir peças de teatro, ouvir músicas, participar de debates e prestigiar outras atividades como dança, artes plásticas, cultura popular e muito mais. Esse evento será realizado na Praça do Campo Limpo e no Espaço CITA – (Localizado na Rua Aroldo de Azevedo, 20 – Jd. Bom Refúgio – São Paulo - em frente à praça).
Já confirmaram presença no evento Dolores Boca Aberta Mecatrônica – Zona Leste , Engenho Teatral – Zona Leste, Banda Preto Soul – Zona Sul, Candearte – Zona Sul, Cia Mundu Rodá – ABC, entre outros.
Mais informações e programação completa:


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

URGENTE!!! VIRADA DA RESISTÊNCIA


PARTICIPEM!!! 


"VIRADA DA RESISTÊNCIA"20 E 21 DE AGOSTO - 9H00 (Sábado) até 21h00 (Domingo)


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CARTA DE MANIFESTO



Trupe Artemanha ameaçada de perder Espaço Cultural
Ocupação e Resistência: Trupe Artemanha é ameaçada de perder espaço recém ocupado para abrigar a Escola Popular de Teatro - CITA e as Ações Culturais do Grupo.

Na data de 11 de agosto de 2011, recebemos a visita de uma equipe de Obras da Secretaria de Assistência Social e de representantes da construtora MAS (vencedora da licitação), estavam em posse da planta baixa do local, dizendo que pretendem até o fim deste mês derrubar o prédio para construir no lugar um futuro asilo, que o processo já estava aprovado pela Secretaria e inclusive sancionado pela Vice-prefeita Alda Marco Antônio.

Entenda o caso:
O espaço em questão está localizado na Rua Aroldo de Azevedo, 20, um barracão de madeira com cerca de 500m² que já chegou a funcionar como Subprefeitura do Campo Limpo durante muitos anos, e que depois serviu como sede do Instituto Oca e até o ano de 2009 para o Instituto Cultural Uboé. O local ficou abandonado por cerca de um ano, chegando a servir como sede para o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) unidade Campo Limpo, que ocupou o local por apenas 45 dias até que sua nova instalação ficasse pronta, mudando-se para um prédio privado (custo mensal da locação R$ 8.000,00 - dinheiro proveniente dos cofres públicos), deixando uma herança para o espaço que passou a servir como depósito de patrimônios públicos abandonados como equipamentos, móveis e documentos. Neste curto tempo em que esteve no local, a equipe do CRAS que faz parte da Secretaria de Assistência Social, não realizou melhorias para o prédio que estava em situação caótica, com problemas de esgoto, água, luz, infestado por cupins e até sofrendo saques e arrombamentos constantes. Além de terem resolvido o problema de água e luz realizando ligação clandestina, já que as fiações estavam condenadas, correndo risco até de incêndio no local.
Em busca de um espaço para o desenvolvimento do Projeto da Trupe Artemanha de Investigação Urbana que atualmente baseia-se em três eixos de ações: 1º) Desenvolvimento de sua pesquisa teatral com ensaios e apresentações dos espetáculos abertos à população. 2º) Criação da Escola Popular de Teatro - CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha) e formação artística com oficinas culturais livres oferecidas a jovens e adultos. 3º) Acesso livre de espetáculos de várias cidades do país para população a partir de Projetos do ARTEMANHA RECEBE e FESTCAL (Festival Nacional de Teatro de Campo Limpo), que acontece a mais de 5 anos nos bairros do Campo Limpo.
Identificamos que este seria o melhor local para implantação do projeto “15 Anos Revelando Artemanhas” contemplado na 18ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.

Em conversas com a subprefeitura do Campo Limpo, chegamos ao acordo de ocupar o espaço para realizar as ações culturais do grupo, já que este se encontrava abandonado. Assim que entramos no espaço, demos início aos reparos de pintura, limpeza, higienização, compra de equipamentos, de materiais de construção (vasos sanitários, tintas, fios elétricos etc) e na organização do patrimônio ali abandonado em uma única sala. Pós mobilização e realização de mutirão para melhorias e reformas no espaço, eis que surge o interesse do poder público (Secretaria de Assistência Social) em implantar o seu projeto neste local, atualmente batizado como CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha) que já completa três meses de atividades de Escola-CITA, além de ser utilizado para os ensaios do grupo e com programação de oficinas livres para a comunidade. É importante ressaltar o apoio da Cooperativa Paulista de Teatro, de vários movimentos sociais, dos Diversos Grupos de Teatro da cidade de São Paulo, interior do Estado e de outros estados do Brasil e principalmente da população da região sul de São Paulo.

A Trupe Artemanha de investigação urbana declara que continuará ocupando artisticamente o Espaço Cultural - CITA e conclama a todos para ajudarem nesta luta que estamos travando desde que chegamos a este local que não é propriedade de uma Secretaria e sim, da população.

Cultura na Periferia é resistência e não benevolência!

11 de agosto de 2011.

Trupe Artemanha de investigação urbana
Escola Popular de Teatro - CITA
www.escolacita.blogspot.com

sábado, 6 de agosto de 2011

5ª Turma da Oficina Popular de Teatro - CITA

Oficina Popular de Teatro
CITA - Centro de Investigação Teatral Artemanha


- Pesquisas, experimentações cênicas, através de exercícios, jogos e experiências sensoriais estimulando o auto conhecimento e a consciência corporal.

A partir dos 14 anos de idade
Aulas aos Sábados 15h às 19h
GRATUITO
Início das Aulas: 27 de agosto de 2011


 Informações: (11) 5844-4116 / (11) 8326-6233 / (11) 6486-4320 
        producaoartemanha@gmail.com
Inscrições de Terças à Sextas - 9h às 17h
Inscrições no local: CITA - Centro de Investigação Teatral Artemanha
Rua Aroldo de Azevedo, 20 (Praça do Campo Limpo)

Realização:


INSTITUTO ARTEMANHA DE ARTES

COPATROCÍNIO:






quinta-feira, 19 de maio de 2011

Trupe Artemanha ameaçada de perder espaço da Escola...

Ocupação e Resistência: Trupe Artemanha é ameaçada de perder espaço, recém ocupado para criação da Escola Popular de Teatro.
Desde o início do ano instalados no espaço Nathalia Rosemburg (espaço público concedido pela subprefeitura), o grupo, juntamente com a subprefeitura, procurava espaço que atendesse ás necessidades de estrutura de uma escola.
O espaço da rua Aroldo de Azevedo, 20, na mesma quadra do espaço Nathalia Rosemburg, foi prédio da subprefeitura durante muito tempo, depois serviu de sede para o Instituto Oca e mais pra frente Uboé. Depois  do isso o local ficou abandona até que há cerca de um ano, quando a subprefeitura pegou fogo, serviu de abrigo para o CRAS/Campo Limpo, que pertence a Secretaria de Assistência Social, que se instalou no local por apenas 45 dias, se mudando para prédio próximo particular e deixando no espaço muitos equipamentos e patrimônios públicos já sem uso.
Neste curto tempo em que estiveram no local, o CRAS não realizou melhorias para o prédio que estava com problemas de esgoto, água, luz, cupim e até sofrendo saques e arrombamentos constantemente. O problema de água e luz foi resolvido através de um “gato” e sem nenhuma estrutura, já que as fiações estavam condenadas, correndo risco até de incêndio no local.
Há cerca de dois meses, quando soubemos da contemplação do Programa de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo, que viabiliza a criação da Escola, tivemos uma reunião com o subprefeito do Campo Limpo e o supervisor de Cultura, que alegaram não saber com quem estava as chaves do local e também não ter encontrado nenhum processo jurídico em andamento sobre cessão de uso prédio. Em reunião, acordamos que a Trupe faria no espaço, a Escola e iniciamos a parte legal de documentação para cessão de uso do espaço.
Como os trâmites burocráticos são lentos, mesmo sem a cessão oficial, trocamos as fechaduras e entramos no espaço para dar início aos reparos. O que encontramos foi um prédio completamente abandonado, sendo destruído por cupins, com o esgoto entupido causando enorme mau cheiro, focos de dengue e de bichos (ao lado da creche!), nenhuma estrutura de banheiros (todos arrebentados), com problemas de fiação, lixo e uma dívida de luz e água ainda da época da Uboé.
Há vinte dias, os dez integrantes da Trupe realizam os reparos de pintura, limpeza, higienização, organização do patrimônio abandonado em uma única sala, compra de equipamentos e de vasos sanitários, tintas, fios... toda preparação para colocar a escola em funcionamento.
Neste momento, o CRAS reivindica a posse do espaço, alegando invasão da trupe (que rompeu as fechaduras) e inclusive acusando os integrantes de furto do patrimônio público, devido ao sumiço de equipamentos como um microondas, que já não estavam no local quando a Trupe entrou, provavelmente por conta dos saques e arrombamentos ocorridos durante o abandono.
A subprefeitura apóia nossa permanência no local, mas está marcada reunião com representantes do CRAS, da trupe e da subprefeitura para semana que vem, quando as questões serão esclarecidas.
Importante salientar que por toda cidade de São Paulo, são inúmeros os prédios, casas, fábricas antigas, espaços públicos que estão completamente abandonados e sem uso e que poderiam servir para sedes de grupos, criação de centros culturais, projetos sociais... trabalhos de relevância para a comunidade e que trariam inúmeras transformações sociais, políticas e culturais, no local e nas proximidades.
Há já alguns grupos em diferentes regiões que realizam trabalhos incríveis com a comunidade, a partir do teatro e da arte, em espaços antes ociosos e que foram ocupados e a história é sempre a mesma. Assim que o trabalho se inicia, o espaço abandona vira motivo de disputa por diversos tipos de poderes, que até então não se mobilizavam para qualquer espécie de melhoria ou utilização da área.
Fiquemos atentos: de maneira geral, pode-se definir espaço público em um espaço central que dá realidade material e simbólica a cidade, ou seja, entendendo-o como um território específico dotado de suas próprias marcas e signos de delimitação e que é pensado como plural e condensador do vínculo entre a sociedade, o território e a política de forma democrática.
Também são espaços de livre acessibilidade, de uso comum dos cidadãos e de coesão da sociedade, apresentando como características o fato de ser geral (refere-se a cidade como uma totalidade), coletivo (para uso e desfrute de todos os habitantes), comum (pertence aos cidadãos e são regidos pelo direito público) e representam uma hierarquia no ordenamento urbano (corresponde a interesses superiores por representar o bem comum). Ainda, o espaço público constitui a cidade tanto em sua dimensão físico-espacial quanto sociocultural, sendo que os processos que ali se desenvolvem são capazes de dar sentido à vida pública dos cidadãos.
                É dever e direito nosso intervir em situações em que o Espaço Público está sendo destruído e onde inúmeras possibilidades de trocas e de experiências riquíssimas: culturais, sociais, de lazer, que poderiam representar forte potencial transformador nas comunidades, são desperdiçadas e ignoradas.
               

Para mais informações sobre o trabalho da Trupe Artemanha e a Escola Popular de Teatro: www.escolacita.blogspot.com ou www.trupeartemanha.com.br



Matéria e Entrevista feitos pela Cooperativa Paulista de Teatro!

Atuante nos bairros da zona sul de São Paulo mais afastados do centro, a Trupe Artemanha, que completa 15 anos em 2011, realiza um sonho ao lançar, com apoio da 18ª edição do Fomento Municipal ao Teatro em São Paulo, a Escola Popular de Teatro – CITA (Centro de Investigação Teatral Artemanha), com ensino gratuito.
O curso, criado após longa pesquisa do coletivo junto a Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT) e o Ói Nóis Aqui Traveiz, terá inicialmente 16 vagas e está com inscrições, até 7 de maio (prorrogadas até dia 10), abertas. As aulas se relacionam com as pesquisas do grupo, que perpassam a dança, a história brasileira, as culturas popular e periférica e a relação com a cidade. Serão ministradas no bairro de Campo Limpo (saiba como se inscrever).
A CPT conversou, por e-mail, com Luciano Santiago, um dos integrantes da Trupe para saber mais sobre a iniciativa.
CPT: Poderiam contar um pouco da história do grupo?
Luciano Santiago: A Trupe Artemanha vem desenvolvendo seu projeto artístico desde 1996, realizando importante movimento teatral na zona sul de São Paulo, com apresentações de espetáculos, organização de mostras, palestras e oficinas abertas ao público em geral, aos artistas e aos estudantes.
O grupo procura trazer para cena temas que dialoguem com elementos circenses, danças dramáticas e ritmos populares, com o principal objetivo de apresentar espetáculos que provoquem exercícios de reflexão e discussão social. Neste contexto o processo de construção dos espetáculos do Artemanha se aproxima de acontecimentos históricos expressivos e do contato com elementos componentes da Metrópole de São Paulo. Por meio do diálogo com grupos sociais localizados na periferia e da análise dos diferentes usos que estes grupos imprimem ao espaço urbano, seja para a circulação ou para a ocupação cotidiana, estes elementos revelam-se como argumentos para o desenvolvimento da pesquisa estética do grupo.
CPT: Como nasceu a ideia de criar a Escola Popular de Teatro?
Santiago:
 A Trupe Artemanha já realizava oficinas livres. O grupo tem buscado ampliar essa experiência pedagógica, inclusive visitando e buscando aspectos similares em importantes escolas de formação teatral como a Escola Livre de Teatro de Santo André. A Escola CITA surge baseada nesse intercâmbio com o Ói Nóis Aqui Traveiz e na trajetória do grupo de adquirir vivência a partir das experiências de oficinas livres, das pesquisas realizadas e de treinamentos que sempre fizeram parte dos projetos propostos pelo grupo para editais públicos.
Acreditamos que este seja um dos principais projetos em seus 15 anos, capaz de sustentar e aliar o pensamento reflexivo, o potencial artístico e a continuidade das ações na região que o grupo desenvolve. Criando assim, um bloco que envolva outros segmentos culturais, estimule o surgimento de novos grupos teatrais e contribua para a difusão do teatro-político de resistência entre os moradores dos bairros da cidade de São Paulo.
CPT: Como foi composta a grade curricular e qual o objetivo do grupo ao construí-la nesse formato?
Santiago: A programação das aulas foi debatida exaustivamente dentro do grupo. Realizamos consultas com professores, pesquisadores que vivenciam e ajudam nos diversos processos de formação autoral, como o professor Antônio Rogério Toscano, que foi coordenador da Escola Livre de Teatro de Santo André, Tania Farias do  Ói Nóis Aqui Traveiz, Tiche Viana (Barracão Teatro), Renato Ferracini (Teatro Lume) e o professor Alexandre Mate.
A partir destas proposições, que foram aliadas à necessidade de jovens artistas da região de atuação em grupo, chegou-se a um processo intensivo de treinamentos que reúne diversos elementos de estudos para o teatro popular: Danças Dramáticas Brasileiras, Musicalização com diferentes instrumentos musicais, o circo, a interpretação partindo da máscara neutra e expressiva, da teoria e estética teatral grotesca.
Todos os elementos serão direcionados para formação do ator-pesquisador em Teatro Popular, que tomará contato, por exemplo, com as Danças Dramáticas Brasileiras, tendo como proposta investigar minuciosamente a mecânica da dança, do pulso e do ritmo, evoluções coreográficas e de suas diferentes qualidades de energia. Trabalhando com o estudo do Cavalo Marinho da Zona da Mata Norte de Pernambuco, o Batuque Paulista-SP, o Samba de Parelha de Mussuca-SE e o Frevo-PE, treinamentos que serão ministrados por Alício Amaral e Juliana Pardo.
CPT: Qual é a ponte que a escola faz com o Hip Hop, uma vez que ensinamentos sobre esta cultura também estão inclusos na grade?
Santiago:
 Mais importante do que falar de um projeto artístico, é preciso comentar sobre a resistência que vem acontecendo em bairros da periferia de São Paulo, com coletivos teatrais que desenvolvem trabalhos de provocação política, em regiões bastante afastadas do grande centro financeiro e de mandonismo. A Trupe Artemanha, também mergulhada nessa realidade, propõe o Núcleo de Pesquisa Hip Hop dentro da programação de aulas da Escola-CITA.
O grupo sempre viveu próximo ao movimento Hip Hop, que se desenvolveu principalmente no bairro Capão Redondo, criando motivação extra para propor o Núcleo, possibilitando dialogar ainda mais com a dança de rua, com os squashes das pickup’s dos DJs, com os microfones afiados dos MCs e na plástica do Grafite, elementos totalmente caracterizados como arte popular urbana. Além de trazer nas letras do Rap uma contestação política, o Hip hop está entre os fenômenos culturais que mais interessam ao grupo, tendo ligação com o novo projeto de pesquisa da Trupe Artemanha que é de estudar o Bairro do Capão Redondo, que em 2012 completará 100 anos.
CPT: A ideia é ser um curso profissionalizante?
Santiago:
 A Escola-CITA não terá característica de formação profissionalizante, se perpetuará com métodos de pesquisas experimentais, buscando espaço para trocas artísticas e políticas, uma escola-mutirão que será construída por todos os envolvidos.
A pedagogia da escola, também será criada a partir de reuniões, debates e vivências entre mestres e aprendizes, relacionando os elementos estéticos com a formação específica de cada turma. Isso significa que a escola já nasce com essa necessidade de continuar existindo como Centro de Referência e Pesquisa Teatral, por diversas questões que ultrapassam valores de investimentos financeiros.
O Núcleo Artístico da Trupe Artemanha continuará pesquisando e entrando em contato com Escolas que se aproximam da Pedagogia da Autonomia e do Processo de Gestão Coletiva, promovendo intercâmbios com mestres, pesquisadores e grupos que mantém escolas de formação semelhantes à proposta da Escola-CITA.